1. |
Tentação
03:32
|
|
||
Tentação
Trazes contigo esse jeito que enfeitiça.
Ondulas pela rua como uma brisa sobre o mar.
Tão calma e serena, tão viva e tão roliça.
Um olhar que me queima, um poema a desfilar.
Mulher! Quem és tu?
Que me tenta… que me espanta
És deusa ou és musa?
Que me dói e me encanta
Trazes contigo a magia e o mistério.
Passas por mim como um tornado de emoção.
Fico pasmado! Sem reação e sem critério.
Perco o estribo, a alma, parto o coração!
Quem és tu?
Mulher!
|
||||
2. |
Maré Alta
04:34
|
|
||
Maré Alta
Traz me essas lágrimas
Deixa que lavem os teus medos.
Deixa o Fado chorar
As tuas mágoas afogar.
Lava a cara… Dá um grito!
Faz te ao mar… Vou contigo!
Solta amarras que te afogam!
Mata as pragas que te rogam!
Deita tudo cá para fora
O meu ombro é de quem chora.
A vida põe nos do avesso
Mas há sempre um recomeço.
Ouve a tua voz… Não deixes que se cale…
Oh mar maré, maré alta
Tiras me o pé, não me tires a calma.
Oh mar maré, maré alta
Mostra-me a luz da minha alma
Maré alta
|
||||
3. |
O Lobo em Ti
04:20
|
|
||
O Lobo em Ti
O homem vive para a noite, a noite é o destino do dia.
As noites são profundas, na luz difusa e no cheiro a alma.
O dia cheira-me a disfarce, a sentimentos de papel.
A noite é o amor louco, a fúria do mar, o doce e o fel.
Anseio pelas noites de céu estrelado.
Venham essas noites de céu por Deus pintado.
E eu já não posso com mais hipocrisia
E eu já não quero a luz do dia.
Já esperei demais pelo que havia de vir,
Mas nada mudou… continuam a mentir.
Uivos na noite… O lobo em ti
Teus gritos calados… Só foges de ti.
E o homem mata o sentimento abafado
E o homem morre ao matar, tudo aquilo que anseia.
Uivos na noite… O lobo em ti.
Teus gritos calados… Só foges de ti!
|
||||
4. |
Há uma luz
03:50
|
|
||
Há uma Luz
Tenho algo dentro de mim, Que me faz sentir assim…
Uma ansia a libertar, Uma vontade de conquistar.
O meu lugar, o teu amor. Todo o prazer e mesmo a dor.
Estar acordado neste mundo, É ter na alma este fulgor!
Um por todos, todos por um. É o lema de uma nação
Quem o sente já não esquece. Allez allez a votre santé
Um por todos, todos por um. É o refrão desta canção
Para que todos sempre cantem. E do chão sempre se levantem.
Crer em mim dá-me o poder, De lutar até morrer
De ser mais que um passageiro. Entre o berço e o caixão.
E chegar sempre mais longe… Até á ultima estação
E um dia quando vos deixar… Deixo-vos esta canção!
Há uma luz entre o jardim e a azinhaga
Longe da vista de quem passa pelo lado de fora
É uma luz lá bem escondida que ilumina tanta gente
É uma luz que só brilha… só brilha dentro de nós
Um por Todos, Todos por Um
Colé colé… Colé Mili
|
||||
5. |
Memórias do teu corpo
05:48
|
|
||
Memórias do teu corpo
Vagueio pelas ruelas do teu corpo
E nele me descubro e te descubro.
Nos vales que em ti eu atravesso,
Encontro a paz de alma que procuro.
Em teus meandros me perco do mundo
E me encontro enfim perdido.
A cada curva um novo prazer,
Um desejo que sinto renascer.
A tua alma é inexplorável.
Dela aguardo um breve sinal.
Uma fresta estreita por explorar,
Um sorriso por onde entrar.
As memórias do teu corpo,
Bem junto ao meu.
E enquanto a porta não se abre
Vou vagueando por esse corpo.
E enquanto o sol não se põe.
Eu me ponho em ti e vou-te amando.
Memórias do teu corpo.
Paixão ardente e fatal.
Memórias desse corpo,
Saudade amarga faz-me mal!
Memórias desse corpo…
Memórias de ti…
|
||||
6. |
A meio caminho de tudo
04:38
|
|
||
A meio caminho de tudo
Há dias em que a vida te atraiçoa
E tu te esqueces que já foi boa.
Há dias em que nada bate certo
E o fim parece estar perto.
Há dias em que o sol te queima a esperança
E a chuva te leva para longe da bonança.
Há dias em que tudo é incerto
E tu te vês sozinho no deserto.
E há dias em que quase me esqueço de tudo.
Dos meus jogos de rua quando era miúdo.
Os anos já me fogem e os sonhos também
Não sou uma grande estrela, não sou um zé-ninguém.
Será que fiquei a meio caminho de tudo
Ou será que encontrei o meu lugar no mundo.
Há dias em que chegas no topo do mundo.
És o céu azul e o resto lá ao fundo.
Há dias em que és Senhor, Deus, Rei
Acima da dor, do mal, do medo e da lei
Nunca nada está realmente acabado
A vida é um mistério que não está desvendado.
|
||||
7. |
Acordar de novo
04:10
|
|
||
Acordar de novo
Veste o teu melhor sorriso,
Perfuma a alma de jasmim.
Sente a vida de improviso,
Anda vem, chega te a mim.
Hey! Está na hora
Acordar de novo.
Hey! É agora
Que vais recomeçar.
O teu lugar, os teus sonhos
Tudo aquilo que a alma te diz.
Sem prisões, sem medonhos
Apenas só o que te faz feliz.
Hey! Não há outrora
Nós somos o povo.
Hey! É agora
Que vais reconquistar.
Hey! Está na hora
Acordar de novo.
Hey! É agora que vais recomeçar.
Hey!
|
||||
8. |
Arrepia caminho
04:24
|
|
||
Arrepia caminho
Tenho dentro de mim mil melodias.
Tantas palavras, o que dirias?
Estórias de vida nunca vividas.
Tantas sonhadas, mas nunca ouvidas.
E se a vida é tão breve
Tens que remar com a maré.
Um dia de sol, outro de neve
Um dia escuro, outro de fé.
Tenho no fundo de mim uma luz de ternura.
Sem saber que iluminar, dura e dura.
Á beira duma fogueira, á beira do sono…
Palavras gravadas na noite, perduram em sonho.
Se o tempo te escapa… arrepia caminho.
Se é amor que te falta… não te feches sozinho.
Arrepia caminho!
|
||||
9. |
Nunca te rendas
05:56
|
|
||
Nunca te rendas !
Nunca te dês, nunca te vendas
Nunca desistas, nunca te rendas!
Nunca te entregues
Às tramas que te iludem.
Nunca te vergues
Nem que te subjuguem!
Andei perdido, adormecido.
Anos de nada sem sentido.
Perdi-me algures numa encruzilhada.
Fiquei num limbo, uma alma penada…
Nunca te dês, nunca te vendas.
Nunca desistas, nunca te rendas!
Ao labirinto de trilhos que nos cerca,
Ao garrote cruel que nos aperta.
Quem é que escreve este enredo?!
Quem é que me tira deste degredo?
Àqueles que me ouvem,
Àqueles que me sentem,
Àqueles que vivem e não consentem!
Nunca te dês, nunca te vendas
Nunca desistas, nunca te rendas!
Tudo aquilo que quero
Está muito longe e espero.
Tudo quanto anseio,
Me trás dúvida e receio.
O sonho não é vida,
Nem é a fantasia que me cativa.
Vale mais um segundo de real
Do que mil anos de sonho ideal!
|
||||
10. |
Faz-te à estrada
04:32
|
|
||
Faz-te à estrada
Vives na rotina, os dias passam
Tudo te desatina.
Palavras ocas nas mesmas caras
Anestesiadas, não dizem nada… não dizem nada!
Tv e Net e redes sociais
E a vida dos outros e tudo o mais… tudo o mais!
Faz te à vida, faz te à estrada
Atesta a alma, dá um grito!
Sente o vento que te chama
A vida é um breve momento.
Não te percas em teorias
De tudo e nada, só te iludem.
Faz te à estrada, o destino és tu
A vida é tua. Faz te à estrada!
Porca política, sociedade, demagogia
Palavras caras em mentes sujas
Fazem um rico por cem mil pobres
Democracia? Liberdade?
Ironia! Falsidade!
Ilusão… frustração!!!
|
||||
11. |
Ritmo
03:49
|
|
||
Ritmo
Acordas apático, energia no zero
A luz do sol… um castigo severo.
Não queres falar nem ouvir ninguém.
Tudo o que tens, te fica aquém.
Vives num mundo que tu criaste
Todos os fantasmas em que te enredaste.
Tudo o que precisas é… Ritmo!
Tás deprimido, insatisfeito caído
Vives no fundo dum poço, perdido
Ninguém te agarra, tudo te falha
Só queres fugir, mandar ao chão a toalha.
Vives num mundo que tu criaste.
Mera ilusão da tua criação.
Traumas passados debaixo do teu chão.
Ritmo…
Ritmo! Tu precisas de ritmo!
|
||||
12. |
Estas ruas
04:00
|
|
||
Estas ruas
Estas ruas…
Eu nasci nestas ruas!
Quatro da manhã em Lisboa
Acordo num ressalto, lá bem no alto
Roupas velhas, ritmo apressado
Lavo a cara, rosto mal lavado.
A chuva cai, o dia está escuro.
O caminho é duro, o futuro obscuro.
Porque estas ruas por onde ando
Já não me dizem nada!
Sou um vulto na multidão
Todos me dizem que não! Não não não!
Porque estas ruas por ando
Já não me dizem… Dizem nada!
Saio pra rua meio a dormir,
Um frio de rachar e ter que andar.
Á minha frente o caos da cidade,
O trabalho e ansiedade.
A chuva cai, o dia está escuro.
O caminho é duro, o futuro obscuro.
Estas ruas…
Eu nasci nestas ruas!
|
||||
13. |
Sem Glória
04:40
|
|
||
Sem Glória
Levas a vida o melhor que sabes
Dás o que tens, não olhas a quem.
Gastas o corpo na vida dos outros.
Guardas, calado, os sonhos que tens.
Sem glória…
Olhas para trás… um nó na garganta
Sentes o cheiro do que eras capaz
Apalpas nos bolsos a crua verdade
Tudo aguentas… sozinho sem nada!
Sem glória…
Doem-te os braços, as pernas, as costas
Na fábrica cega que te devora.
Alimentas abutres doentes sem alma
Lutas por todos… herói sem glória
Sem glória…
______
|
||||
14. |
Rio Alma
05:12
|
|
||
Rio Alma
Deixar entrar em si, a liberdade primitiva
Que grita de raiva de instinto selvagem
Libertar as origens, as raízes… a essência
Daquilo que fomos e temos esquecido.
Rio alma… rio que corres longe e eu não vejo
Só te escuto, só desejo te encontrar
E nas tuas águas lavar o pó do Homem
E boiar sobre os teus braços de encontro ao mar
Há ventos que sopram de longe.
Do outro lado do rio
Há chuvas que caem no corpo.
E me apagam a chama lentamente.
Todas as tempestades do deserto
Me assolam a mente em avalanches
De sentimentos desconhecidos. Rio alma…
As canções que me inspiraram,
Assustadas num incêndio
Nunca mais aqui voltaram,
Deixaram-me só este silêncio.
Rio alma
|
||||
15. |
Regresso
05:36
|
|
||
Regresso
Ternos, são os teus dois olhos
Quando te dispo em olhares.
Amor, oxalá que o prazer seja ter-te no chão
Sem sequer te tocar.
Segredos, são tudo o que eu minto
Pinturas de um prazer extinto.
Amor, deixa lá, somos dois a partir e depois
A voltar sem te beijar.
Doces são os teus dois olhos
Quando me prendes em olhares.
Amor, oxalá que o meu corpo não toque no teu
Para assim poder parar.
Dorido está todo o meu ser
Perdido por te conhecer.
Amor, oxalá que o prazer seja ter-te no chão
Sem sequer te tocar.
Amor, deixa lá somos dois a partir e depois
A chegar sem te beijar.
Amor, deixa lá que o teu rosto não vou revelar
Nem sequer para me vingar.
Amor, ouve lá eu um dia hei de aqui voltar
Para assim te amar.
Hei de me lembrar… quando aqui voltar
|
ANTI-DEMOS-CRACIA Portugal
ANTI-DEMOS-CRACIA, surgiu em 1988 com o objectivo de registar em cassete as deambulações sonoras do projecto industrial
VARPLES PRAVLES.
Com essa edição, surgiram então outras de projectos com uma estética e sonoridade mais alternativas.
Houve uma paragem em 1994 e em 2008, um novo impulso surgiu e que origina o regresso às edições, em formato físico e também na vertente digital.
... more
Streaming and Download help
If you like Rio Alma, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp