formato: CD-Digipack + digital
edição em CD limitada a 50 exemplares numerados
artwork: António Caeiro
Edição: ANTI-DEMOS-CRACIA + ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS
credits
released September 27, 2018
ODE FILÍPICA, projecto de Carlos Matos e Pedro Granja, nasceu entre a Maceira (concelho de Leiria) e a Marinha Grande, e manteve-se activo entre 1989 e 1994. Durante esse período, a Ode Filípica apresentou-se apenas quatro vezes em público. Momentos planeados ao milímetro para criar ondas de choque. As aparições na imprensa também ajudaram a alimentar o culto em torno de uma espécie de ovni no panorama musical português. Em especial, a entrevista ao então jornal Blitz que fala das sessões Ol Facipia Dei, de acesso restrito a sete pessoas de cada sexo. "Os concertos não eram só um acontecimento musical, eram uma provocação, um elemento artístico de confronto, um exercício para colocar as pessoas a questionar", explica Carlos Matos. A teatralidade em palco, as letras gótico-depressivas, as vocalizações violentas, as texturas sonoras que pareciam extraídas de rituais pagãos – tudo soava a mistério e nenhum dos mentores do projecto estava interessado em desmentir rumores.
Foi em 1989, uns meses antes da queda do Muro de Berlim, que Carlos Matos e Pedro Granja se conheceram. O primeiro estava a entrar na idade adulta, o segundo tinha chegado da União Soviética, via Manchester. Partilhavam afinidades musicais, com destaque para Cabaret Voltaire e Test Dept, mas eram diferentes como as duas faces da lua – o vocalista à beira do exorcismo, o engenheiro de sons discreto na rectaguarda. Lançaram várias demotapes com canções em português, inglês, francês, russo e odês – um dialecto que não era mais do que português da frente para trás. E um vinil de sete polegadas, que inclui as faixas Time do Hell, Língua Morta e Ritual of Purity. Editaram na Alemanha, apareceram em colectâneas ao lado dos Young Gods, Lassigue Bendthaus, Numb, Das Ich ou Allerseelen e partilharam a compilação Ritual Rock (1995) com Bizarra Locomotiva, Ornatos Violeta e Tédio Boys. Em 1992 participaram com três temas na colectânea Faces Ocultas, no formato cassete pela label ANTI-DEMOS-CRACIA, entre outros.
"Nunca nos assumimos como músicos, mas como manipuladores de sons. A Ode Filípica era a caixa de ritmos - uma Yamaha RX7 - que explorámos até ao tutano", afirma Carlos Matos, que atribui ao ambiente industrial da Marinha Grande, onde cresceu, o interesse por bandas como Einstürzende Neubauten. E acrescenta: "Desde miúdo que o barulho das máquinas a trabalhar, em cadência, era ritmo para mim. E comecei cedo com uma percepção dos ruídos que me rodeavam e que para mim funcionavam como estimulador musical aos quais acrescentava palavras ou simples cacofonias imperceptíveis..."
Texto de Cláudio Garcia adaptado por António Caeiro
ANTI-DEMOS-CRACIA, surgiu em 1988 com o objectivo de registar em cassete as deambulações sonoras do projecto industrial
VARPLES PRAVLES.
Com essa edição, surgiram então outras de projectos com uma estética e sonoridade mais alternativas.
Houve uma paragem em 1994 e em 2008, um novo impulso surgiu e que origina o regresso às edições, em formato físico e também na vertente digital....more
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